Era filho de Joaquim Gabriel Chaves de Melo e D. Maria de Lourdes Chaves de Melo.
Fez os estudos primários e secundários na terra natal. Transferindo-se de Campanha para o Rio, bacharelou-se em 1938 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Mas consagrou-se ao estudo da língua e recebeu pela mesma universidade o título de Doutor e Livre-Docente em Língua Portuguesa no ano de 1946.
Em 23 de dezembro de 1941, casou-se com Cordélia Paula Rodrigues (que passou a assinar-se Cordélia Rodrigues Chaves de Melo), mulher de boa formação, inteligente e culta, com quem formou uma família de 7 filhos (Paulo de Tarso, Maria de Lourdes, Tomás de Aquino, Bernardo Gladstone, Maria Teresa, Maria da Glória e Agostinho), genro, noras, 15 netos e uma bisneta. Em 17 de fevereiro de 1994, teve de lamentar imensa perda: faleceu a esposa querida.
Dedicando-se desde cedo aos estudos clássicos e de língua portuguesa, a princípio sob a orientação de um grande mestre, o filólogo Padre Augusto Magne, foi por indicação do mesmo que em junho de 1941 passou a ocupar o lugar de assistente do Professor Sousa da Silveira, catedrático de Língua Portuguesa da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. [2]
Votado ao magistério de Língua Portuguesa, lecionou também Lingüística e Filologia Românica.
Foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Universidade Federal Fluminense, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora, na Universidade de Coimbra (Portugal) e na Universidade de Tübingen (Alemanha).
Contra a sua vontade, foi indicado para disputar cargos eletivos na política do antigo Distrito Federal. Eleito entre os três vereadores mais votados em 1951, cumpriu dois mandatos até 1960. Elegendo-se deputado estadual, encerrou em 1962, por livre decisão, sua participação na política.
Ocupou por dois períodos (de 1962 a 1964 e de 1972 a 1974) o cargo de Adido Cultural do Brasil em Lisboa. Foi membro do Conselho Federal de Educação (1970) e do Conselho Federal de Cultura (1970 a 1972).
Pertenceu a instituições nacionais e estrangeiras: Academia Brasileira de Filologia, Círculo Lingüístico do Rio de Janeiro, Sociedade de Língua Portuguesa (Lisboa), Academia Portuguesa de História (Lisboa), Associação Internacional de Lusitanistas, Associaçom Galega de Língua (Espanha), sócio benemérito do Real Gabinete Português de Leitura, sócio honorário do Liceu Literário Português e outras entidades congêneres.
Apresentou muitos trabalhos em Congressos do Brasil e do exterior e ministrou cursos em várias universidades de Portugal e de outros países europeus.
Era Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal), Benemérito da Ordem dos Pregadores (Roma), foi agraciado com a Medalha de Prata da Clausura do Concílio Vaticano II (Roma), Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra (Portugal, 1993).
TEXTO PUBLICADO EM: http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno05-03.html. Autor: JOÃO ALVES PEREIRA PENHA. Esse texto foi extraído de sua obra Filólogos Brasileiros, p. 157-164, lançado no dia do aniversário da Academia em 2002, em sessão especial do VI Congresso Nacional de Lingüística e Filologia.
[2] SILVA, Maximiano de Carvalho e. Síntese biográfica preparada em 7 dez. 2001, data da morte do filólogo.